NÃO SOU SANTA
Não sou santa
Tire-me deste altar que não sou santa;
Na imagem que me pintas, me profano,
Se tenho um coração frágil e humano,
Perfume de um pecado que me encanta.
Ver flores nos meus pés, não adianta,
Milagre é não sofrer um desengano,
É ver florir o amor por todo o ano
Sem ter inverno onde a dor é tanta.
Mistérios que não posso desvendar.
Sentidos que me levam tão além!
Nem anjo nem demônio, sou ninguém.
Me perco um constante imaginar
Num sonho flutuante e indefinido
Com o coração calado e dolorido.
Camélia La Branca. 15/03/009
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