AGONIA DA FLORESTA

Vestido de encarnado hoje o espaço

No efeito vasto e profundo do vinho

Defronte ao silêncio infinito e casto

Antequerendo saber do caminho

Sozinho na indiferença em que faço

Terra fértil, frescor em desatino

Enquanto em desalinho o teu chumaço

Varrendo lado a lado o tal menino

E como animalzinho arrepiado

Recebe por inteiro o que escala

Sem dúvida uma caça dominada

Anatomia de ser mastigada

Um ser humano em chama organizado

Incendiando o mais puro pecado

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 24/05/2006
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