NA PARTIDA
Ficam por mim os escritos,
ao fechar-se-me a jornada.
Bons, ruins, feios, bonitos
- deixo só isto, mais nada.
Orações, loas, benditos,
trabalho-os desde a alvorada.
Acerto, erro, repito-os,
eu sei só isto, mais nada!
O amor, a dor, a esperança,
ficam por luz e lembrança
marcados no verso triste.
Na partida, a qualquer hora,
levo saudades do agora
- ultimo instante que existe...
14-10-05, às 5h15
joaojustiniano@terra.com.br
joaojustiniano.net