“A TAMPA do TEMPO”

Lá fora, esse vento vadio

Afana as horas duma vida

Que dorme curta, despida

Por longas noites, de frio

As horas ficam enrugadas

E engolem muitos minutos

Como quem cobra tributos

Das vidas já mal passadas

E se a ventania arremessa

A longe a tampa do tempo

Que já consome, avarento

Toda existência, depressa

Tanta promessa que havia

Lá fora, esse vento vadia.

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 15/04/2009
Código do texto: T1541504
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