DIVAGAÇÃO

                                           Para o amigo Arão Filho
 
Nessa divagação que agora faço,
Ao sol de outono ardente sobre face,
Na alma uma saudade, um certo impasse,
Quem dera o coração fosse de aço...
 
Nessa elucubração, em cada passo,
Quem dera a vida assim se transformasse
Num átimo de luz e, então, jogasse
Toda mazela e dor para o espaço...
 
E lá no infinito ser estrela,
Enternecendo, então, como um milagre, na
Vida que se arrisca recebê-la...
 
Na vaga devagar em que divago,
Eu vejo em cada vésper uma lágrima,
Que me enche de luzes logo ao lago...
 

09/04/09

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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 10/04/2009
Reeditado em 14/04/2009
Código do texto: T1532577
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