Silêncio

O silêncio que procede de tua lágrima,

Faz-me crer que este mundo mudo

Se contenta com um presente escuro,

Sem caminhos rumo à sua dádiva;

O silêncio que precede teu insulto

Faz-me crer que o mal não me falha

E prolifera, matando todos como praga:

Eis um silêncio que acaba com tudo;

O silêncio é o mal que envena as águas

Que precede o choro e a dor das mágoas,

Invadi-nos de tristeza e vil escuridão.

Mas alguns ao silêncio, chamam de escudo

Ora, digo-vos, o silêncio é podre fruto

Que apodrece o mundo pelo coração.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 05/04/2009
Código do texto: T1524520
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.