Silêncio
O silêncio que procede de tua lágrima,
Faz-me crer que este mundo mudo
Se contenta com um presente escuro,
Sem caminhos rumo à sua dádiva;
O silêncio que precede teu insulto
Faz-me crer que o mal não me falha
E prolifera, matando todos como praga:
Eis um silêncio que acaba com tudo;
O silêncio é o mal que envena as águas
Que precede o choro e a dor das mágoas,
Invadi-nos de tristeza e vil escuridão.
Mas alguns ao silêncio, chamam de escudo
Ora, digo-vos, o silêncio é podre fruto
Que apodrece o mundo pelo coração.