EPÍLOGO
Meu mundo explodiu em pedaços
e do caos brotou o desespero,a dor...
não sei se no poema triste me refaço
como não sei se sobreviverá o amor.
Da luz fez-se o breu, escuridão maldita!
Da angústia veio a lágrima, perversa...
a poesia passeia cabisbaixa, e me critica,
reclama ,e inquieta, sempre me apressa...
E lá onde sol e lua tranqüilos se abraçam,
eu escrevo só , em tom de lamento ou de pranto.
Talvez o céu me ouça, e os anjos entristeçam...
ou quem sabe a vida me acordará covardemente :
nos versos , a rima confortando como por encanto ,
para que eu possa, enfim, descansar eternamente.