*OUTONO*
Abri a janela o vento soprava
Trazia consigo a nova estação
Olhar de outono que anunciava
Nova esperança em ovação
Colhi da terra suave aragem
Enchi os pulmões de emoção
Catei no pomar rara plumagem
Enviei para ti, do meu coração
As flores caíram tempo preciso
Para uma nova vida florescer
E contigo mais um fortalecer
Em cada outono nova folhagem
Desenhando na letra mensagem
Chagando a ti meu canto meu riso
Sogueira
Minha alma neste outono da existência,
Refém do pouco tempo que me resta,
Adentra a solidão, fria floresta,
E pede pelo menos indulgência.
Não quero deste inverno, a penitência,
Se bem que a primavera ainda gesta
A doce fantasia em que se atesta
A réstia desta luz feita demência.
As folhas vão caindo devagar,
O vento muda tudo de lugar,
A mocidade morre após a curva.
Quem dera a juventude... Isto é passado...
O velho caminheiro maltratado
Enfrenta: peito aberto, a fina chuva...
Marcos Loures
Abri a janela o vento soprava
Trazia consigo a nova estação
Olhar de outono que anunciava
Nova esperança em ovação
Colhi da terra suave aragem
Enchi os pulmões de emoção
Catei no pomar rara plumagem
Enviei para ti, do meu coração
As flores caíram tempo preciso
Para uma nova vida florescer
E contigo mais um fortalecer
Em cada outono nova folhagem
Desenhando na letra mensagem
Chagando a ti meu canto meu riso
Sogueira
Minha alma neste outono da existência,
Refém do pouco tempo que me resta,
Adentra a solidão, fria floresta,
E pede pelo menos indulgência.
Não quero deste inverno, a penitência,
Se bem que a primavera ainda gesta
A doce fantasia em que se atesta
A réstia desta luz feita demência.
As folhas vão caindo devagar,
O vento muda tudo de lugar,
A mocidade morre após a curva.
Quem dera a juventude... Isto é passado...
O velho caminheiro maltratado
Enfrenta: peito aberto, a fina chuva...
Marcos Loures