*CULTIVANDO FLORES*
Das flores que cultivas no jardim
Quero ser do outono a colheita
Da fruta saborosa sem espreita
Sabor da mastigança no festim
Plantei na enxurrada a semente
Que colherei na safra costumeira
Embrulho que farei sob a esteira
Que envio ao sudeste na vertente
Sentados na ilusão pego a carona
Viajo até ti mesmo no inverno
Não levo a sombrinha nem o terno
E neste frio intenso quero a mão
Juntinho ao coração contigo hiberno
Até noutra estação em comunhão
sogueira
Canteiro onde cultivo as minhas flores,
Lembrando de Cecília: framboesas,
Embrulho nos meus sonhos tais belezas
Seguindo, meu amor, por onde fores.
Os véus das esperanças, multicores,
São frágeis, mas denotam fortalezas,
Nos versos que tu crias; as grandezas
Que impedem o surgir de velhas dores.
Fazendo do dueto, a comunhão,
Florindo de alegrias o sertão,
Servindo como ponte à fantasia.
Nos olhos delicados, mãos serenas,
Futuro mais airoso; cedo acenas,
Regando os meus jardins com poesia...
Marcos Loures
Das flores que cultivas no jardim
Quero ser do outono a colheita
Da fruta saborosa sem espreita
Sabor da mastigança no festim
Plantei na enxurrada a semente
Que colherei na safra costumeira
Embrulho que farei sob a esteira
Que envio ao sudeste na vertente
Sentados na ilusão pego a carona
Viajo até ti mesmo no inverno
Não levo a sombrinha nem o terno
E neste frio intenso quero a mão
Juntinho ao coração contigo hiberno
Até noutra estação em comunhão
sogueira
Canteiro onde cultivo as minhas flores,
Lembrando de Cecília: framboesas,
Embrulho nos meus sonhos tais belezas
Seguindo, meu amor, por onde fores.
Os véus das esperanças, multicores,
São frágeis, mas denotam fortalezas,
Nos versos que tu crias; as grandezas
Que impedem o surgir de velhas dores.
Fazendo do dueto, a comunhão,
Florindo de alegrias o sertão,
Servindo como ponte à fantasia.
Nos olhos delicados, mãos serenas,
Futuro mais airoso; cedo acenas,
Regando os meus jardins com poesia...
Marcos Loures