Vejo Estrelas
Entre as nuvens vejo estrelas a brilhar...
Mas tão tímidas por detrás do véu
Na noite escura que macula o céu
Por pouco não as vejo cintilar.
Talvez não sejam as nuvens as culpadas.
Talvez seja minha visão um pouco turva.
Ou talvez sejam as estrelas emolduradas
Como quadros antigos de pintura.
Assim como as estrelas nascem no poente
E por um momento enfeitam a escuridão,
É certo que morrerão no amanhecer.
Já não vejo as luzes dormentes
Os astros pálidos da solidão...
Estrelas! Até um novo entardecer.