Numa noite interna...
Uma flor entoava em pétalas vermelhas
Um canto de eriçar um músculo incapaz
E ao compasso de ti, eram seios, centelhas
A emprenhar o poema um fato perspicaz
Como se te contemplasse à luz que me espelhas
E viesse com a tarde em brilho a cor lilás
Nos respingos das coxas, suor em parelhas
Da penugem escorrendo à frente e por detrás
Como se não bastasse o pêssego da pele
Que o manjar saboroso é o próprio corpo enfim
Sem amena conversa, ou pedido que apele
És colméia de abelhas, mel assim assim
Lenha que arde toda e se revele
Buquê a incendiar de amor meu camarim