NAS NUVENS
Tomar-te em minhas mãos, serenamente,
Manter-te entre os meus braços, abrigada,
Deixar que se escoe a madrugada
Amando-te, apaixonadamente,
É bem que, como tal, não há mais nada,
Prazer que a alma desde já pressente
E o corpo espera, mesmo estando ausente -
- Delícia, num momento, eternizada,
Porque de mim, és parte, a melhor delas,
És o âmago do meu próprio ser,
Fonte do meu amor e meu desejo,
Que sempre me despertas, com teu beijo,
A que, nas nuvens, possa eu fazer
Com que te sintas, sem, contudo, vê-las.