CLAREIRA NO CORAÇÃO

Por vezes, eis que vem a solidão

E cuidadosamente toma o espaço

Que quer - e, progredindo, passo a passo,

Cria uma clareira no coração,

Prendendo o sentimento, como um laço,

Impedindo à alma a reação,

Silencia a voz da emoção

E tudo nos parece um erro crasso,

Mas é ali também que, de repente,

O amor há de fazer sua morada,

Que ele erige em sólido alicerce,

A, das vicissitudes, proteger-se

E abrigar, zeloso, a amada,

Em paz e em paixão, eternamente.

Espaço ao Amor

Se a emoção, em nó, fica em teu peito

Deixe que eu adentre a teu coração

E possa, em meu querer e a meu jeito

Desatar, dos teus dias, a solidão

A que venhas sentir a liberdade

De unir nossas vozes, em uma só,

A que a magia não seja apenas pó,

E o encantamento perdure à eternidade

E transformado o vazio da clareira,

Em espaço luz e livre das amarras,

Passo a passo, me ensines a direção

A ter-me protegida, ao abrigo da paixão,

E com tal zelo, como sempre narras,

Que irei querer-te, ouvir, a vida inteira.

(Alma de Amor)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 14/01/2009
Reeditado em 14/01/2009
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