O ECO DO SILÊNCIO

O amor que nos une é paz e calmaria,

Mas é também a força viva do vulcão,

Tanto nos deixa a alma envolta em mansidão,

Quanto nos eletriza e queima noite e dia

E, ao fixar em nossos seres, a moradia

Que construiu, zeloso, em cada coração,

Ele eterniza a chama ardente da paixão

Que nos preenche a vida e enfeita a poesia,

Como se fora a voz que, em altos brados, vence o

Espaço infindo e nele asperge a alegria

Cantada em versos verdadeiros e solenes,

Pois suas marcas, de tal modo são perenes,

Qu'inda que cale, por intantes, a magia

Do seu cantar, ressoa o eco do silêncio.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 12/01/2009
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