O ECO DO SILÊNCIO
O amor que nos une é paz e calmaria,
Mas é também a força viva do vulcão,
Tanto nos deixa a alma envolta em mansidão,
Quanto nos eletriza e queima noite e dia
E, ao fixar em nossos seres, a moradia
Que construiu, zeloso, em cada coração,
Ele eterniza a chama ardente da paixão
Que nos preenche a vida e enfeita a poesia,
Como se fora a voz que, em altos brados, vence o
Espaço infindo e nele asperge a alegria
Cantada em versos verdadeiros e solenes,
Pois suas marcas, de tal modo são perenes,
Qu'inda que cale, por intantes, a magia
Do seu cantar, ressoa o eco do silêncio.