A DOR DO "QUASE TER SIDO"...
A imagem escondida, resguardada
na nossa essência, no nosso imaginário,
da utopia, da quimera bem guardada,
poderá ser mas não é um acto arbitrário…
Os sentimentos, os sonhos, os devaneios
que vivemos, defendemos e alimentamos
são na realidade aqueles grandes anseios,
as vontades, os desejos por que lutamos…
E se nos restar angústia pelo que não foi feito
ou dor pela perda do amor que foi perfeito,
sempre se conhece a razão por que se chora…
Mas quando a dor é pelo Amor que se desfez,
pelo Amor que quase foi feito e se não fez,
é o terrível “quase ter sido” que nos devora!...