A DOR DO "QUASE TER SIDO"...

A imagem escondida, resguardada

na nossa essência, no nosso imaginário,

da utopia, da quimera bem guardada,

poderá ser mas não é um acto arbitrário…

Os sentimentos, os sonhos, os devaneios

que vivemos, defendemos e alimentamos

são na realidade aqueles grandes anseios,

as vontades, os desejos por que lutamos…

E se nos restar angústia pelo que não foi feito

ou dor pela perda do amor que foi perfeito,

sempre se conhece a razão por que se chora…

Mas quando a dor é pelo Amor que se desfez,

pelo Amor que quase foi feito e se não fez,

é o terrível “quase ter sido” que nos devora!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 10/04/2006
Código do texto: T137045