SONETO EM BRANCO E PRETO
Nas notas febris de um alegreto
Encontro a aparente harmonia
Envolvo-me em fonte de energia
Que vem da mágica de um dueto.
Escorre pelas linhas de um quarteto
A dor que se perde em nostalgia.
Em busca da perdida alegoria
Que se detém nas rimas de um soneto.
Em meu peito resta-me a avaria
Que não se cura com a desvalia...
Em passos falsos de um minueto
Tentei buscar as rimas de um terceto
Insípido, como a fotografia
Que descortina a vida em banco e preto.
**Milla**