Nada me impede de ver-te
As noites me fazem ver tudo e nada
Em sombras mortiças sinto o quanto te quero
Em palavras caladas sei o quanto te amo
À noite me cega, mas é quando te vejo.
Na escuridão avisto o que mais me importa
O brilho de seus olhos assim tão distantes
Meus doces labirintos desta torpe perdição
Seus olhos me afagam nas sombras da noite.
E quando as luzes se apagam
Nada mais posso eu ver
Mas meus olhos te encontram
Já não posso os deter
Se meus lábios com os seus se confrontam
É porque o que mais querem é não combater.