Declaração Noturna II
Qual belo anjo, sublime e delicado,
Em que nos sonhos, se vê com inverdade.
Clama esta alma: "Que sejas realidade"
"Sejas real, oh belo anjo prateado!"
Qual belo anjo, inocente e abençoado,
Meu coração, por ti suspira, com vontade.
Quero lhe ter, viver na tua tempestade,
E na bonança ser então, por ti, velado.
No sonho, és eterno, imaginado,
Calmaria em mar dourado
Sorridente em verdade.
No semblante, se mostra, estanhado,
Em sereno, és banhado,
Nesta chuva de vaidade.