Infinito em avalanches/ com áudio
Eu me sinto, o tempo todo, um pára-raio
do infinito que me chega em avalanches
parecendo um animal -cavalo baio-
de algum índio desta tribo dos comanches.
Sou tomado por desejo galopante
de alcançar alguma coisa que nem sei
se ela existe ou é apenas um instante
que algum dia, nalgum sonho, eu sonhei.
Esta força que me invade nas entranhas
sei que um dia vai matar-me em pleno gozo
quando em ti, eu te montar, numas façanhas.
Esta força que devora o que é gostoso
te ensinando como é que tu me ganhas
é um desejo de viver o perigoso.