Explode coração
O amor nunca se vai, somente sai de férias,
depois ele retorna e vem cuspir fagulhas,
que acendem um pavio de chamas deletérias
que rompem o resguardo de quaisquer patrulhas.
O sangue se alvoroça nas minhas artérias,
reage à ebulição, até fazer borbulhas.
O espírito se coça, porque a coisa é séria,
se escalda nesse rio fervente em que mergulha.
E o coração bombeia o sangue assim fervente.
Meu Deus, ai que tortura esse pulsar tão quente
e que percorre o corpo até sentir-me em brasa.
E o amor que se ausentara, no voltar pra casa,
comete esse atentado que me põe doente.
Pressinto uma explosão que ocorra de repente.