LUZ


Agora, ouço um intenso acorde,
Divago na filosofia do meu ser,
Questiono o pode e o não pode,
Assim, espero um novo dia nascer.

Lá fora, pardais ofertam um concerto,
Fazem do telhado um grande teatro,
Ignoram a minha alma em desacerto,
Sobrevoando a solidão do meu quarto.

Sonora dor; faz o coração acelerar,
Como o de um impetuoso poeta,
Que sente a necessidade de amar.

Vem aurora! encher de luz o meu olhar,
Preencher essa vida tão deserta,
A janela está aberta, pode entrar...