DESEJO DE INFINITO

Queria saciar esta sede de infinito…

Mitigar dos meus sentidos esta fome

que eu sei e sinto me consome

mas não aceito nem admito!

Vivos e despertos estão meus sentidos.

Minha boca queima, arde de desejos.

Mas evito e fujo de quaisquer ensejos.

Tenho medo de anseios incontidos!...

Queria adejar no tempo e no espaço,

aninhar-me no conforto dum abraço,

esquecendo momentos já vividos…

Vivo um estado de espírito complexo.

Tanto desejo o ardor desse amplexo,

quanto choro os beijos já perdidos!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 20/03/2006
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