Embriagada de amor, padeço
Pela paixão que a mim surpreendeu
Por ser um sentimento que nasceu
Envolto no recôncavo do avesso!
No paradoxo do amor, anoiteço
Nesta algema fria que prendeu
Meu coração que a ti total se deu
E, se há como livrar-me - desconheço
Em definitivo lance do jogo
P’ra que não tenhas que ouvir o rogo
E para que não haja desapreço,
Em meu peito eu forço o desafogo
Como tal se me aplacasse o fogo
Quando em teus braços eu adormeço!