Amor distante

Ardente fogo que em meu peito manifesta

Por ver-te apenas longe... Quão doçura!

Por que não a tenho o que me resta

É chorar toda dor, toda amargura.

Teu olhar se não o vejo, peito infelicita

E o desejo por teu corpo, meu corpo procura

Se tendes piedade desse amor que ressuscita

Deixai-me encontrar-te formosura

Porque quando te encontro, minha dor que é tão funesta

Transforma-se, assim, luto pela vida

Se a tenho o coração faz-se em festa

E a tristeza é esquecida...

Mas, quando partes, minha vida é desventura

E mais um passo dou à sepultura.

Nando Teixeira
Enviado por Nando Teixeira em 01/10/2008
Reeditado em 28/11/2012
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