Soneto Sollo I

De que adiantou todo o sofrimento

Se retorno como uma fera ferida?

Dói no orgulho o alar da querida

Deixando no peito apenas o lamento.

Talvez ingrata? Inda não me arriscaria.

Não, se talvez a catapulta fora armada.

Só me restou então a noite enluarada

Que me consola com a voz de minha guria.

Mas saiba, ó belo anjo da verdade

Antes de me ter como inimigo:

Talvez não vivas na minha realidade.

Saiba que apesar de ser grande castigo,

Alegro-me na tua felicidade

Pois sei que fui de ti um bom amigo.