MARIO QUINTANA
Rua da Praia, final de tarde, com passos lentos,
Na bela calçada, decorada em preto e branco,
Trazendo consigo novos poemas no pensamento,
Para burilar, enquanto descansa, no velho banco.
Na sua rotina diária, desde seu ninho no Majestic,
Até os pássaros reconheciam o som de seu pisar,
Quando vinha na praça sentar de paletó e todo chic,
Trazendo no bolso guardado, todo o seu Quintanar.
Cabelos brancos, olhar sereno, cigarro nos dedos,
Príncipe dos Poetas, que o Brasil reconheceu...
Dizia que sua escola, foi a vida que lhe deu.
Hoje, quando se ouve, a passarada a cantar,
E o tuc,tuc... de bengala, e de sapato arrastar!
É o Poeta voltando à Praça pra poder se inspirar.