A LOUISE
Escrevo linhas estas antigamente
Desvairado verbo do cerebral nome
No poder do verso de amor descrente
Adágio num delírio distante o renome.
Na intraduzível paixão do meditar nu
No soneto o todo verso só para ela
Quatro decassílabos para minha Lu
Sinais da Lusitânia na querela.
Imaginação do poeta ufanista
As íris do seu olhar confuso fitam
Nas dores da existência vil que ficam.
Espectros não pensados pelo artista
Aparições ledas desta Sirena
Mesmo assim não esqueço esta minha Atena.
HERR DOKTOR