ENQUANTO UM SOPRO ME RESTAR
ENQUANTO UM SOPRO ME RESTAR…
Num manto de vento envolta,
num mar de ideias absorta,
tento lembrar a lembrança
dum luar ténue de esperança…
Talvez o vento revolto me proteja
da revolta que eu evito que me veja.
Quero manter em paz meu coração,
enchê-lo de serenidade e emoção!
Mas esta mágoa que me devasta
apoderou-se de mim. Não se afasta…
Alterou o meu ser e até o meu estar!
E eu, que sem desejo e sem amor,
entrei num árido deserto desolador,
amarei, enquanto um sopro me restar!