ENQUANTO UM SOPRO ME RESTAR

ENQUANTO UM SOPRO ME RESTAR…

Num manto de vento envolta,

num mar de ideias absorta,

tento lembrar a lembrança

dum luar ténue de esperança…

Talvez o vento revolto me proteja

da revolta que eu evito que me veja.

Quero manter em paz meu coração,

enchê-lo de serenidade e emoção!

Mas esta mágoa que me devasta

apoderou-se de mim. Não se afasta…

Alterou o meu ser e até o meu estar!

E eu, que sem desejo e sem amor,

entrei num árido deserto desolador,

amarei, enquanto um sopro me restar!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 22/02/2006
Código do texto: T115140