NOVAMENTE DISTANTE
O ar tem o puro perfume sagrado da aurora.
Pensamento sem direção busca incessante
Qual beleza escarlate da paixão devoradora,
Novamente distante, escarna sonho hiante!
Suave encontro um beijo, almas no cais outrora,
Despedida, ave azul no vôo sem rumo e distante!
Arvoredo derrama o ramo verdejante vacilante.
O tempo escorre estrela no ocaso pardais na hora.
Visão da tarde fria, na luz despedida sem ponte.
Despertando no silêncio à hora gasta na fonte.
Outro continente, nova paisagem, uma melodia!
Canto ao horizonte limitado no verso a alquimia.
Longe o vento domina emoção que arde e se desvia.
Olhar distante, destino que vem da fonte lá do monte.