Soneto à Inveja
A inveja, esse cancro violento,
passeia nos salões da minha mente,
matando o lado bom do pensamento
que sempre se mantinha sorridente.
Confesso, dei abrigo ao sentimento,
plantei em rico solo essa semente
e agora, imensamente me lamento,
pois ela germinou tão de repente,
que hoje não consigo me livrar
da sina pavorosa de invejar
as dádivas dos mais aventurados.
A raiva que alimento, então por mim,
na hora em que decido agir assim
mantém meus sentimentos torturados.
05/01/06