SAUDADE

Saudade, malfadada companheira,

Que não me vem ao peito por escolha,

Nada mais há, que o meu verso tolha,

Se hás de perseguir-me a vida inteira...

A alma sofre, enquanto olho a folha

Onde procuro apor, bela e altaneira,

A poesia, razão verdadeira

A que o ânimo jamais se encolha...

Quisera que uma outra realidade

Tomasse as vezes da que vivo agora,

Para trazer sossego ao coração...

Que não me abatesse a solidão

E que me socorresse, a tempo e a hora,

O amor, para não mais sentir saudade.

Obrigado, Vera, pela honra da interação.

A saudade me dá um nó

Que quando te vê desfaz como pó

(Vera Mascarenhas)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 09/08/2008
Reeditado em 18/11/2021
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