Olfato perdigueiro
Quando somes deste olfato perdigueiro
perco o rumo, feito um tonto, embriagado.
Corro atrás deste meu rabo tão fuleiro
pois me perco -em tua ausência- do meu fado!
Mas me enfado de tão só continuar
te sabendo como apenas meu unguento.
Eu te quero cá por perto a me amar
me levando para lá deste tormento!
Não te esqueças que tu és o meu amor
que completas os meus sonhos de viver
num braseiro que me queima em seu calor!
Eu me esqueço quem sou eu, quem é meu ser,
fico preso numas de sentir pavor
de perder-te pela vida, sem querer!