NOITE

A noite é longa, em face da distância

Que, do teu doce beijo, me separa;

O tempo é lento e, a meu ver, prepara

Uma armadilha a essa louca ânsia,

Que a alma me revolve e escancara,

De ter-te aqui, a que o meu braço alcance a

Graça de envolver-te, a circunstância

Capaz de dar-me ao coração a rara

Felicidade, em forma de desejo,

Paixão, ternura e o mais que se procure

Fruir, do amor que eterniza a paz...

E, já por ser assim, longa demais,

Não há, que a noite, mal que mais torture

E nem remédio à dor em que me vejo.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 07/08/2008
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