MAGIA
Solitário, andei a esmo, lida inglória,
Como tivera a sorte, feito-me esquecido,
Sem o fascínio do amor, não conhecido,
Tempos que hoje estão ausentes da memória...
Eis que, a tornar-me feliz e comovido,
Tu mudaste o curso sem cor da minha história,
Ao meu viver, imprimindo a trajetória
Que me conduz a um novo mundo, renascido...
Tomaste a então desencantada poesia
E dele te fizeste a encantadora musa,
A que os meus versos se espalhassem ao redor...
E, pontilhando-os do teu imenso amor,
Fez tua alma minha inspiração reclusa,
Para emprestar aos meus poemas a magia.