MAGIA

Solitário, andei a esmo, lida inglória,

Como tivera a sorte, feito-me esquecido,

Sem o fascínio do amor, não conhecido,

Tempos que hoje estão ausentes da memória...

Eis que, a tornar-me feliz e comovido,

Tu mudaste o curso sem cor da minha história,

Ao meu viver, imprimindo a trajetória

Que me conduz a um novo mundo, renascido...

Tomaste a então desencantada poesia

E dele te fizeste a encantadora musa,

A que os meus versos se espalhassem ao redor...

E, pontilhando-os do teu imenso amor,

Fez tua alma minha inspiração reclusa,

Para emprestar aos meus poemas a magia.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 23/07/2008
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