O Tempo
Fito os olhos no controverso tempo,
Sendo surpreendido pela brevidade,
Dos instantes fugidios da mortalidade,
Que escreve meu epílogo neste verso pardacento.
Como sombras ligeiras voam meus momentos,
Arrastados do futuro pelo presente e lançados no passado,
Para dentro do baú das memórias de um poeta fracassado,
Olhando as ondas passageiras da vida ocultar os sentimentos.
Cada nascer do sol é o prelúdio da doce sinfonia,
Mas tudo nesta vida é tão transitório e passageiro.
É chegada a tarde, o sol se esconde levando a harmonia.
O maestro Tempo com a batuta na mão, nota a agonia,
De um homem que daria em troca o mundo inteiro,
Para não ouvir se tocada tão triste melodia!