O Martírio
O vento carmesim enche o coliseu,
Soprando sua brisa entre a turba enfurecida,
Que insana pede a morte das almas feridas,
Que nos últimos suspiros louvam a Deus.
Atos heróicos se vêem no palco dos ateus,
De homens e mulheres destemidos,
Que calando os derradeiros gemidos,
Soerguem as vozes em louvor a Deus.
Doravante o pesado silêncio toma o coliseu.
Miríades de olhos perscrutam as almas caídas,
Indagando, amiúde, o que de fato ocorreu.
O silêncio põe-se a dizer o que aconteceu:
O martírio é a ponte para a eterna vida,
Por onde passaram os heróis de Deus.
Em Memória dos mártires