SOB O DIÁFANO VÉU DO ESQUECIMENTO...
SOB O DIÁFANO VÉU DO ESQUECIMENTO...
Quisera poder cobrir-me... esconder-me
sob o diáfano véu do esquecimento...
Para, assim, conseguir defender-me
dos ais do meu coração e do sofrimento!
Olho, intimidada, a incógnita do futuro.
Olho, assustada, a realidade do presente
e tudo me parece enigmático, obscuro...
Olho-me. Vejo que de tudo estou ausente!
Olho em frente. Nada enxergo. Só deserto...
A Vida está lá fora, mas de mim tão perto!
Interrogo-me, ausculto-me mas nada quero...
Nada quero, nada procuro, nada encontro...
Estou longe. Sou a essência do desencontro.
Voltar a ser e a viver é algo que já não espero!...