Soneto da Vespertina
Ouvires o céu de noite limpa
sem aquela disforme poluição.
E a estrela de beleza distinta,
vem-me ao encontro da visão...
Vespertina, ora sois então,
nasces que encanta a retina.
E o verso brota no coração,
como paixão voraz e faminta.
Ó, sois a estrela mais bela do céu
és a noiva de todos os versadores,
e quando parece cobrir-te com um véu
me arrebata da ilusão e das dores...
Queria ser puro e longe do mundo cruel,
pois teu céu tem bem mais amores!