Soneto Meu Prá Tu
Este soneto é para quem me xingar,
bata-me antes que eu te bata a carteira
trata-me como vadia, vil cuspideira...
Flagela meu corpo em teu altar!
Pois o bom de não amar é descartar
feito algo que se torna uma besteira;
e aquela insônia que durou a noite inteira,
a gente nunca, nunca quer se lembrar!
E eu querendo ser algo mais e mais
mas a massa estúpida quer me deixar para trás,
pois todo mundo agora é ser racional...
Minha tríade de ser, não ser e ser animais,
minha razão e as doutrinas não deixam sinais;
pois todo mundo quer parte desse mar de sal!