ENFIM VIESTE, MEU AMOR!
Quando pensei ter perdido o amor,
num deserto imenso de grand dor;
quando, em mim, nada mais havia,
senão, o imenso penar, que afligia;
quando, a separação, se fez torpor
e a doença incapacitante, sem olor
nem tacto, só esse pouco permitia,
e noite dentro a pena permanecia;
quando a tudo reneguei e a crença
nos homens, nobre carne, duvidei;
quando, desacreditei da nascença,
e, até de mim mesmo me esqueci;
eis que surgiu, aquela que amarei,
para toda a vida porque eu resisti.
Jorge Humberto
19/06/08