DEVANEIOS

Uma pequenina estrela brilha,
Nos confins da gélida madrugada,
Sinto que sou uma longínqua ilha,
Habitat de uma alma angustiada.

No silêncio linear – iluminado,
Procuro pelo conforto dos teus seios,
Fragmento o silêncio com um brado,
Nada encontro além de devaneios.

Temeroso, fecho-me como um caracol,
Anseio pela chegada do amanhecer,
Trazendo o canto lírico do rouxinol.

Quem sabe algo novo possa acontecer?
Eu seja encantado pelos raios do sol,
E para sempre consiga te esquecer.