Soneto Vigésimo Terceiro
Olhai ao redor do plantio
a colheita vil do seco canavial.
A folia sem nexo, diabo carnaval...
Ninguém vês aquela ser hostil?
Pelo suor, sangria... Vida marginal:
na esquina mendigo que ninguém viu.
Fruto do ventre de tua mãe podre e vil
Ai, ai... Meus filhos arranacados pelo mal.
- Sopro de vida... chama da esperança;
Dá-me teu véu de liberdade insana
torna-te-ei meu amado, garoto ou mulher.
Esquálida puta de cabaré infectado:
liberdade temporária seduz teus embriagados
e assim tu és meu... Não de quem quiser.