Devaneios
Nem mesmo dormindo
Consigo ter calma
Parece que estou caindo
Às vezes me vejo como uma alma
Vigiar a lua, durante
Sua troca de fases
Tornou-se constante
Assim construo minhas frases
Quando a noite vai embora
Perco-me em pensamento
Não me encontro por hora
Eu mesmo sou meu tormento!
Sobre os ombros,
Um peso inimaginável
Entre os escombros
Uma força instável!
Exigir um traje a rigor
Deve ser algo formal
Mendigar com um terno
Também me parece normal
Desejar a carcaça
Como forma de prazer
Que nem sempre vem de graça
Observando todo o dinheiro escorrer
Pelo menos alguém está se alimentando
Eu estou!
Egoísmo? Não fique ai pensando
Verdadeiramente eu estou!
Os meus devaneios
Abstraem-se em sonhos ilusionistas
Fantasio meus enleios
Como um anárquico idealista!