MEU ÚLTIMO ABRIGO

Marcha lenta, constante e permanente

Pela velha estrada empoeirada eu sigo

Como a estrada, estou velho, demente

Mas eu trago ainda um desejo comigo.

Como a flor preferida todo dia irrigo

A vontade de te namorar novamente

Marcha lenta, constante e permanente

Pela velha estrada empoeirada eu sigo.

O passar do tempo me tornou carente

Solitário que já não tem sequer amigo

Mas da próxima vila você é residente

Eu rastejo rumo ao meu último abrigo

Marcha lenta, constante e permanente.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 28/04/2023
Código do texto: T7775345
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