Puro Egoísmo
“Um poema é um mistério cuja chave deve ser procurada pelo leitor”
Stéphane Mallarmé*
Jurava ser amor, mas era apenas egoísmo
Trazendo sempre um belo cravo na lapela
Disfarçando aquele seu cretino cinismo
E a pensar que seria uma simples bagatela
Cativou-a com lindas promessas de capela
Prontamente ouviu o Sim ao seu eufemismo
Jurava ser amor, mas era apenas egoísmo
Trazendo sempre um belo cravo na lapela
A tudo ela aquiesceu sem nenhum ceticismo
Crendo, assim, ser uma vida melhor aquela
Entregou-se sem medo com mais pura alma
E ele roubou sua beleza com sórdida calma
Jurava ser amor, mas era apenas egoísmo
(*Mentor do simbolismo na poesia)