QUIETUDE



Será o ciúme a causa da sua dor?
Não receie revelar-me seu temor?
Você é o todo suave do meu ser
Serenidade é o tom  de sua clave.

Minha alma reclama seu sorriso
E roga pela agradável paz interior
Por que se foi sem deixar o vestígio?
Eu lhe preciso sem você eu não existo!

Quietude, quietude por onde anda?
Por que se esconde? Por que se aflige?
Venha ao meu encontro. Dou-lhe abrigo.

Delicadezas só provaram sua Angelitude,
Por que se esconde quietude, quietude?

Eu não me escondo de você, afável amado
Foi você quem me traiu. Sou vítima da cilada
Como vou poder entrar em seu doce abrigo?
Se lá existe outro a me espreitar como inimigo?



Prefiro guardar as lembranças assim calado
Deixar que o outro, agora, seja seu aliado
Quando as ondas se forem da paixão - Réus
Inefável harmonia nos cobrirá de finos véus!

Quietude, quietude diga-me: Por onde anda?
Por que se aflige? Qual o motivo dessa zanga?
Experimente o frescor desse misterioso céu
Venha sugar o líquido alaranjado da pitanga,
Dá-me a luz, a serenidade! Quietude, quietude.