inebria os olhos,fere o coração




Em pranto convulso,ela deixou a casa,batendo a porta,deixando-me na mais fria solidão.O inverno passou...
Tardiamente,caiu-me nas mãos o livro de Confúcio que dizia;
“O coração é teu,então,sofra,contudo,o teu rosto(olhar) não te pertence,ele é do mundo”
Escrevi o que sentia,fiz uma gaivota de papel e roguei pela brisa que entregasse a ela...

“ Encanto que inebria os olhos, fere o coração,
Quisera entorpecer, pelas delicias,anseio louco,
Contudo,eis -me no tempo do vazio,triste visão!
Na sede do não amar,assim,morro aos poucos...


Secreto mal d’amor,compreendera tampouco.
Em colher,do abismo,acácias, profusa floração,
Encanto que inebria os olhos, fere o coração,
Quisera entorpecer,pelas delicias,anseio louco.

Supremo bem que,deveras,me acolhe e acalma...
Cega-me ,enfim,deste onírico, ledo e vão engano!
Ah!Em vez de magoas, amor que acaricia a alma!
Guardo na lembrança,a face,daquela que tanto,amo.
Encanto que inebria os olhos,fere o coração...”



este poema foi publicado no Blog Tecendo Letras em  31 de Agosto de 2013