O manuscrito de Saragoça

 

Resenha do livro "O manuscrito de Saragoça", de Jan Potocki. Edições GRD, São Paulo -SP, e Editora Devir, São Paulo -SP, 2016, quarta edição. Tradução: José Sanz. Título original francês: "Manuscrit trouvé à Saragose". Capa de Benson Chin, sobre arte de Gustave Doré.

 

Segundo a nota colocada no final do volume este livro, de autor polonês (1761-1815), inspirado nas "Mil e uma noites", traz um total de 66 relatos ou noites, mas apenas 14 constam na tradução: a versão completa não chegou ainda ao Brasil.

A primeira edição é de 1965, do lendário editor Gumercindo Rocha Dórea, que a republicou em 2016, pouco tempo antes de falecer.

Consta ser um clássico da literatura fantástica porém na verdade é uma obra enjoativa, toda à base de assombrações, demonologia, narrações desencontradas e sem fio da meada. Casa personagem que aparece resolve contar a sua vida, e nessa narração refere-se a outro personagem e este também começa a contar alguma história. O personagem central, um espanhol de linhagem, encontra duas mouras que se apresentam como suas primas, porém depois parece que elas são dois súcubos. Aparecem dois enforcados. O protagonista vai dormir num albergue e acorda no local do enforcamento, debaixo dos dois corpos pendentes.

Ainda tem piratas, ciganos, um eremita, um "endemoniado", um cabalista e até o Judeu Errante.

Por falta de uma sequência lógica fica difícil resenhar uma obra como essa. Na minha opinião é muito ruim.

 

Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2024.