EQUADOR - Miguel Sousa Tavares
Acabei de ler hoje, dia nove de setembro de 2007 o romance português Equador. É um livro fascinante sobre o final do período monárquico em Portugal, início do século XX. As ilhas de São Tomé e Príncipe, situadas na costa africana, cortadas pela linha fictícia do equador, recebem um novo governador: Luis Bernardo Valença, com o objetivo de provar a Inglaterra que não existia trabalho escravo em suas propriededes rurais: as roças, onde se plantava café e cacau, principalmente. Todos os capítulos são narrados a partir do que vive, pensa e sente Luís Bernardo, menos um, em que o protagonista passa a ser David Jameson, que logo depois da chegada de Luis Bernardo, chega também às ilhas, em companhia de sua mulher Ann, para ocupar o posto de cônsul britânico. Política, amizade, lealdade e traição, vinganças, grandes paixões, tudo é narrado de forma envolvente pelo autor. Este foi seu primeiro romance e senti uma imensa vontade de lê-lo outra vez, agora sobre a ótica de David e Ann, personagens tão fascinantes quanto Luis Bernardo, mas sobre os quais fica um sentimento pendente de incompletude: quem são eles afinal, quem é realmente Ann? O final surpreendente é, em minha opinião, o único possível. O que fazer afinal quando tudo está perdido, quando se vê que tanto o erro quanto o acerto foram construídos sem base sólida, como castelos que se fazem na areia?
Acabei de ler hoje, dia nove de setembro de 2007 o romance português Equador. É um livro fascinante sobre o final do período monárquico em Portugal, início do século XX. As ilhas de São Tomé e Príncipe, situadas na costa africana, cortadas pela linha fictícia do equador, recebem um novo governador: Luis Bernardo Valença, com o objetivo de provar a Inglaterra que não existia trabalho escravo em suas propriededes rurais: as roças, onde se plantava café e cacau, principalmente. Todos os capítulos são narrados a partir do que vive, pensa e sente Luís Bernardo, menos um, em que o protagonista passa a ser David Jameson, que logo depois da chegada de Luis Bernardo, chega também às ilhas, em companhia de sua mulher Ann, para ocupar o posto de cônsul britânico. Política, amizade, lealdade e traição, vinganças, grandes paixões, tudo é narrado de forma envolvente pelo autor. Este foi seu primeiro romance e senti uma imensa vontade de lê-lo outra vez, agora sobre a ótica de David e Ann, personagens tão fascinantes quanto Luis Bernardo, mas sobre os quais fica um sentimento pendente de incompletude: quem são eles afinal, quem é realmente Ann? O final surpreendente é, em minha opinião, o único possível. O que fazer afinal quando tudo está perdido, quando se vê que tanto o erro quanto o acerto foram construídos sem base sólida, como castelos que se fazem na areia?