Histórias íntimas

 
Histórias íntimas da sexualidade e erotismo na história do Brasil é um livro escrito, pela renomada Historiadora, Mary Del Priore, ex-professora de História da USP e daPUC/RJ e pós-doutorada  na École des Hautes Études em Sciences  Sociales, de Paris, tendo 29 livros de história publicados.
A autora traça um relato da sexualidade brasileira, desde os primórdios do Brasil Colônia até a nossa atualidade. Ela já inicia o livro assim: “Podemos olhar pelo buraco da fechadura para ver como nossos antepassados se relacionavam?! De fechaduras, Não!  Elas custavam caro e o Brasil, na época da colonização, era pobre. ”   E assim ela foi discorrendo...
Privacidade na época da colonização, era praticamente impossível, conforme relato acima, as casas eram desprovidas de fechaduras, e era muito comum, as pessoas ficarem espiando pelas frestas dos muros, ou pelas rachaduras das portas.
Devido a pobreza dessa época, as casas habitadas eram de meia parede, cobertas de telhas ou de sapé, com divisões internas, que pouco colaborava para a intimidade. Devido a isso os casais, optavam por fazer sexo no mato, onde ficariam longe dos olhos, dos curiosos.
Água esse bem precioso que temos, que chega com toda comodidade em nossas pias, era algo inexistente. Quem quisesse desfrutar desse líquido precioso, teria que ir nos rios e poços, ou em lombo de burro ou escravo.
Os seios que hoje são tão admirados, naquela época pouco valor tinha, sendo considerado apenas como instrumento de lactação.
Hábitos de higiene, que hoje são associados ao prazer físico, eram inexistentes. Algo que achei muito engraçado, é que os homens daquela época, não gostavam que as mulheres se banhasse na hora do ato sexual, preferindo a parte genital com o famoso cheiro de bacalhau.
Já no século XIX, se caracterizaria pela época do adultério e da devassidão, não que anteriormente não houvesse a infidelidade, a diferença era que a dominação dos senhores sobre as escravas, daria lugar a uma relação venal, onde a hipocrisia e o cinismo, seriam os protagonistas. Essa história de escândalos e adultérios, já começaria, logo no início do século, com a chegada da família real, chegaria também Carlota Joaquina, sua reputação era péssima, desde sua residência na Quinta do Ramalhão, local da sua residência, que ficava distante de d. João.
Com o surgimento da república, aquele formalismo todo, onde as mulheres viviam abarrotadas de vestido, cabelos, véus e chapéus, pés recobertos com sapatos finos, onde os bustos teriam uma pequena exposição, apenas nos bailes, iriam cessar. Agora, a nudez entraria em cena, juntamente com os teatros, cinemas, danças e academias.
Nos anos de 1960 e 1970, com o surgimento da pílula anticoncepcional, um impasse seria criado entre o governo e a igreja. O governo preocupado com a natalidade, apoiava a pílula, já a igreja não a via com bons olhos, uma vez que o sexo era considerado unicamente para procriação.
Confesso que gosto das narrações da autora, que narra a história de forma prazerosa, despertando o interesse dos leitores, todavia, nesse livro, achei que as várias estatísticas, enumeradas durante a narração, trouxe um certo enfado.
Para os críticos mais acirrados, digo que devido a minha falta de conhecimento, o que faço é praticamente um resumo, coloco os textos aqui, pela falta de uma coluna para resumo. Faço simplesmente, pelo hábito de insistir na escrita, que tem sido tão prazerosa e salutar na minha vida. Se tiver alguma valia ficarei satisfeito, caso contrário, peço-vos perdão pela minha ignorância e ignore aquilo que possa aborrecer-vos.


 
Histórias íntimas
Mary Del Priore
ISBN - 978-85-7665-608-1
Editora Planeta do Brasil, São Paulo, 2011
256 páginas
 
 
 

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 18/09/2019
Reeditado em 19/09/2019
Código do texto: T6748308
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